sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Terapia da casa, domoterapia.

O estudo da arquitetura em si já é significativo no que tange a qualidade dos espaços construídos sob diversos aspectos físicos que o compõem - conforto térmico, acústico, lumínico; ergonomia, fluxos e circulações - relacionados ao desempenho mensurável e aspectos mais subjetivos e culturais da apreciação dos espaços - estéticos e formais.  O espaço é o métier do arquiteto - composto de cheios e vazios neste jogo de opostos complementares, tão bem sintetizados no caminho do TAO.
 
E o que mais há além do visível?  Somos seres sensoriais com um corpo de cinco sentidos. Numa perspectiva holística, aqui entendida como a compreensão integral dos fenômenos, não apenas das suas partes separadas, a casa seria como um corpo, assim como o corpo seria uma casa.  Com este entendimento podemos buscar as relação entre o espaço que habitamos e nós mesmos e se faz também necessária uma harmonização entre opostos.

Havendo esta relação podemos falar dos cinco sentidos da casa: a visão, a audição, o olfato, o tato e o paladar. Por isso além de uma boa arquitetura devemos oferecer cores, sons, cheiros, texturas e sabores para nossas residências. Vou abordar cada sentido em postagem específica sobre técnicas terapêuticas.

Nestes sentidos e em outras dimensões temos as terapias da casa, ou domoterapias, do Latim “Domo”, significa Casa, e da palavra Grega “Therapeúo”, que significa tratamento.



Sobre terapias: conta o mito que Quíron ao juntar-se com Héracles na luta contra outros centauros, acaba por ser atingido por uma flecha envenenada na coxa, e como ele era um ser meio divino, passou a sofrer com a ferida que se formara e que nunca sarava. Parece que suas qualidades de curador, aumentaram a partir deste momento, significando que entendia melhor a dor por ter sua própria ferida. Pelo sofrimento impingido à ele, os deuses se comiseraram e transformaram-no na constelação do centauro. Assim é o terapeuta: cura a "ferida" dos outros por ter sua própria "ferida". A terapia é toda forma de "cura da alma", utilizando-se da palavra, energia, toque, movimento ou qualquer direcionamento e encaminhamento interior. Fonte:  http://remoo45.blogspot.com.br/2009/11/terapia-no-gregosignificaservir-deus.html

Nos últimos 20 anos foram tantas mudanças de casas e a cada novo despertar uma nova organização espacial. As experiências com projetos de arquitetura, com 18 anos de formado, os "fedbacks" - tanto positivos quanto negativos. A "alma espacial" da arquitetura também precisa ser curada, harmonizando os 5 corpos (corpo, vestimenta, edifício, comunidade, planeta),  onde a casa também nos representa, ou tão bem nos representa.

Lembro da necessidade de mudança ainda quando criança dos móveis do nosso apartamento na Rua Tomas Flores, no Bom Fim - grande laboratório - analisando com este distanciamento percebo que tratava-se da busca empírica pela harmonização do ambiente e é claro exercício criativo muito rico para minha formação como arquiteto.


Também como arquiteto sempre tive a preocupação com o rigor científico e com isso não acreditar em mitos, tais como: o sentido do vórtice d'água. Por outro lado a experiência espiritual me fez sentir que estamos para descobrir a "tecnologia do coração", que deve ser orientada pela mente e harmonizada com o coração (harmonia é uma palavra que serve melhor ao propósito, pois equilíbrio remete a ficar se equilibrando numa corda). 


Contudo, tive que conhecer a Tessie McCabe (foto) para me reconhecer como um Arquiteto Domoterapeuta - geobiólogo, fengshuista. E assim seguir meus estudos e oferecimentos. Que possa servir.     

Harmonizando. Sds. Gabriel B. M. B. Gomes. 

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