quinta-feira, 18 de agosto de 2016

A medida das coisas.













Em tempos de medições de trenas eletrônicas, scanners e instrumentos a laser ainda funcionam a velha e boa trena e régua de escala. De uma forma ou de outra as medidas estão em tudo, e tem tanta gente fazendo coisas sem medir. Nestas experiências de tantas mudanças e casas já vi de tudo: dormitórios que mal entra a cama e o armário são os mais comuns, quando não entra somente a cama.   

Diferente do espetáculo que as pessoas, de forma geral, entendem como arquitetura ela tem seus efeitos invisíveis que são a "alma espacial" da disciplina com bem descreve o arquiteto e professor (FAU-UFRGS) Aguiar, Douglas V., no seu ensaio com esse título.
 
Lembro de uma grande amiga e atriz quando descobriu animada o "Neufert" - livro referência do arquiteto alemão com medidas de tudo que podemos imaginar (até para projetar um galinheiro e uma cerca não podemos ignorar as medidas das coisas): uma roupa, um objeto, um ser vivo e etc. Os atores são especialistas em movimento e a marcação do palco é medida para a atuação e sabem bem a importância dos espaços e valorizam como ninguém o cenário e a disciplina em questão, pois o espaço é onde seus corpos se deslocam, é o local da cena. Sob esse aspecto são especialistas na fruição dos espaços, assim como os dançarinos com seus movimentos. 

Espaços bem dimensionados e construídos fazem toda a diferença, não são só '4 paredes' e o olhar de quem estuda o assunto é fundamental para o viver confortavelmente a sucessão de eventos que ocorrem no espaço - especialidade da arquitetura. É uma questão bem simples - valorizar o conhecimento humano - e se beneficiar com ambientes de qualidade e se comunicar bem com estes profissionais que estão a disposição, mais acessíveis do que se imagina. Fica a dica.  

Sds. Gabriel B. M. B. Gomes
    
 





































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