Aproveito o
mês das festas juninas para escrever sobre o fogo e algumas de suas configurações, nada mais oportuno pois nesta celebração, assim com em
outras ele é essencial. O fogo nos acompanha desde os primórdios dos tempos na nossa gênese da formação de uma cultura, representa o Grande Mistério em diversas tradições culturais, é manifestação.
Na tradição milenar dos Vedas a lareira é apontada como "Altar de todas as Casas", para os povos nativos americanos é a representação do Grande Espírito. Essencial no cozimento das nossas refeições, no aquecimento do lar; o fogo impulsionou nosso processo evolucionário e pode ser visto de diversos aspectos e formas. Me detenho primeiramente nas fogueiras.
Na tradição milenar dos Vedas a lareira é apontada como "Altar de todas as Casas", para os povos nativos americanos é a representação do Grande Espírito. Essencial no cozimento das nossas refeições, no aquecimento do lar; o fogo impulsionou nosso processo evolucionário e pode ser visto de diversos aspectos e formas. Me detenho primeiramente nas fogueiras.
Sobre a formato
das fogueiras para cada Santo adotou-se um desenho, como seguem abaixo:
(São 3 os formatos das fogueiras
da Festa Junina: a primeira, quadrada,
em comemoração a Santo Antônio; a segunda, piramidal, celebra São Pedro;
a última, cônica, festeja São
João - ilustração: O Globo)
O uso da fogueira muito
provavelmente se deve em função das baixas temperaturas durante os últimos
meses do ano em que se comemorava o solstício de verão. Atualmente, segundo a
concepção católica que se fundou sobre as bases dessa celebração, a fogueira
significa o anúncio do nascimento de João Batista, primo de Jesus, à Virgem
Maria. "Como era noite e
Isabel morava em uma colina, esta foi a forma encontrada para o aviso. Por este
motivo, nas noites de junho são montadas fogueiras como forma de celebração.
(...). No sertão, o batismo de João também é lembrado com banhos à
meia-noite no rio mais próximo." (3)
Em Porto Alegre tínhamos uma lareira em casa onde nos reuníamos para celebrar o frio e nos unirmos. Desde então meu fascínio pelo fogo.
Na época de chuva em Brasília fiz uma cobertura para fogueira de improviso (com materiais disponíveis no local) e atendeu bem a sua função.
Já a questão da cocção dos alimentos é talvez o aspecto mais habitual do fogo e hoje chega ao requinte do desenvolvimento tecnológico das cozinhas modernas, mas igualmente começou nas fogueiras. Abaixo alguns tipos:
Sobre festivais e celebrações o que mais impressiona em termos de construções efêmeras criadas especialmente para serem queimadas é o Burning Man - http://burningman.org/ - onde são criadas muitas estruturas.
No Xamanismo o Fogo Sagrado é figura central e o desenho vai desde a seta apontando para a direção do trabalho, o número de paus, até o semi-círculo e todas as medidas. É determinado uma pessoa específica para a manipulação do fogo. As pedras numa cerimônia de Temazcal são aquecidas no fogo e também seguem um desenho determinado.
É um estudo muito bonito desde as lareiras, fogões, fogos de chão, altares o elemento Fogo se faz presente na combustão ou queima que é uma reação química exotérmica entre uma substância (o combustível) e um gás (o comburente), geralmente o oxigênio, para liberar calor e luz. É transformador por essência. Tão bem representado na chama de uma vela.
Traçando um paralelismo, transformador assim como a arquitetura, que produz espaços.
Traçando um paralelismo, transformador assim como a arquitetura, que produz espaços.
Sds.
Gabriel B. M. B. Gomes.
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