sexta-feira, 24 de junho de 2016

O Altar de Deus_Texto

Como cada passo é importante (cada dia um passo mais), achei pertinente o resgate, uma vez que desde abril venho abordando minha experiência espacial com a espiritualidade e buscando aprofundar meus estudos.

Visto isso, trago para o blog um texto que elaborei como tarefa no Minicurso Arquitetura mítica: a relação entre espaço sacro e natureza, Núcleo de Estética e Semiótica - PPG/FAU-UNB, junho de 2013 e publicado no G+ em março - ver link.

Sds. Gabriel B. M. b. Gomes.


https://plus.google.com/+GabrielBassoMennaBarretoGomes/posts/fFaZhX2XNYm


    Templo da Boa Vontade - acervo pessoal
    Monólito em 2001: A Space Odyssey de Stanley Kubrick.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

A Saúde da Casa


A saúde da casa. Um estudo que estou aprofundando com carinho. Ontem um amigo jogou um oráculo e quando me foi permitido uma pergunta sobre o que me daria maior satisfação profissional a resposta foi incisiva que era trabalhar com saúde (medicina, enfermagem, terapias). Vi minha mãe arquiteta com esse interesse como já escrevi em outra oportunidade e minha madrinha me aconselhando a trabalhar com saúde de alguma forma também na área de arquitetura - na época fiz um curso da Ascorp Harmonização de Ambientes - http://ascorpnh.com.br/ -  com a Janine C. Arnt. 


Sinto que é chegado o momento da abertura maior.

Um pouco de observação com maior sensibilidade de ambientes e lugares e percebemos as energias telúricas que se manifestam de alguma forma. O caso mais contundente que pude experienciar foi de um dormitório onde pessoas 3 pessoas adoeceram em tempos diferentes e onde montei um pequeno escritório. Na época pude sentir a energia telúrica do várzea (área alagadiça) onde aquele bairro se formou e suas manifestações sutis, e talvez com mais conhecimento poderia medir o tipo de cruzamento de linhas existem no lugar. Lembro que este mesmo lugar era tomado de insetos,   houveram situações de assaltos e explosões de transformadores.  Claro que o tempo e as configurações que vão se formando trabalham o lugar, assim como as pessoas que habitam o lugar. É O trabalho e a cura, a própria impermeabilização do solo vai com o tempo transformando aquilo que no passado foi bem mais alagadiço.

De uma forma ou de outra a arquitetura manipula os espaços e trabalha com a questão da saúde no momento que os ambientes influenciam nossas atividades, assim como nossa ação influencia o meio. Porém uma tomada de consciência maior se faz necessária seja na intencionalidade de trabalhar neste aspecto salutar dos ambientes, ou seja nas questões compositivas e formais dos espaços.

Lendo o arquivo "As casas também podem ser Lugares de Poder" do Allan Lopes Pires sobre Geobiologia  - http://www.madeinforest.com/?artigo/mostrar/id/135 - é que me inspirei para escrever nesta tarde que antecede a noite de São João - noite que acredito ser transformadora, assim como o fogo. "Toda casa, edificação, ambiente ou lugar é um ser vivo, saudável ou enfermo, conforme as condições de anatomia e fisiologia específicas que possui. Conseqüentemente, se em bom estado de funcionamento, é capaz de gerar, acondicionar e nutrir vida em seu interior ou, em caso contrário, causar, induzir e acelerar processos de degeneração e distúrbios nos seres que nele habitam.".  

A qualidade dos espaços é estudada em profundidade pelos arquitetos e urbanistas sobre diversos fatores, tais como: conforto e desempenho da edificação que passam pela sua materialidade em si e questões culturais da manifestação estética na composição dos espaços através dos seus elementos arquitetônicos. Evidentemente que a questão energética para a promoção do bem estar e o equilíbrio de ambientes vai além dos aspectos físicos da espacialidade e requer a complementação através dos estudos geobiologicos, dos campos sutis. E como todo aprendizado ele só se dá através da busca sincera e honesta.


Sds. Gabriel B. M. B. Gomes.         

 




       

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Quadra Escolar Coberta e Vestiário de domínio público

Finalizando a Quadra Escolar Coberta e Vestiário 2016 do FNDE - usamos a cobertura de quadra grande e adicionamos o vestiário. O valor ficou em torno de 100.000,00 abaixo do projeto original o que espero viabilize a construção de milhares de unidades. O Custo do projeto de um projeto arquitetônico num país como o nosso, de dimensões continentais, se reflete na proporção do tamanho do país. Os recursos públicos devem ser bem pensados, mas claro que num orçamento como o do país e com privilégios da classe política isso é uma parcela bem pequena.
Terminei um curso na ENAP virtual - "Ética e Serviço Público" -    https://enapvirtual.enap.gov.br/ e acaba que refletimos mais sobre a aplicação prática do serviço público, motivação e outras questões que permeiam a atividade tão importante para a nossa sociedade.
Existe um mito que o estado tm muitos funcionários, o que não é verdade comparado com países desenvolvidos como a Inglaterra, França e Estados Unidos. Pode haver em alguns outros órgãos e poderes, mas não na autarquia onde trabalho até dezembro e que atende a todos estados e municípios. O mesmo posso dizer a respeito do serviço, pois existe muita demanda a ser atendida. E sobre remuneração no legislativo e no judiciário talvez seja muito boa, mas o poder executivo não é o grande consumidor do orçamento, e tem muitas contratações temporárias (CTU) com custo relativamente baixo. O servidores temporários ainda levarão o conhecimento adquirido na área no término do seu contrato - neste caso não temos a tal estabilidade que é dita como a vantagem do serviço público.
Vale a experiência. Sou muito grato.
Vamos ao trabalho.  
Saudações.
Gabriel B. M. B. Gomes.  




segunda-feira, 13 de junho de 2016

Arquitetura do fogo II

A cama de pedra para o nossas Avós Pedras - com sua memória ancestral - do Temazcal Sagrado. A configuração e o desenho de uma cerimônia milenar onde o fogo é o elemento de ativação. Um estudo muito bonito que estou fazendo com o artista plástico xamã Aldo Grau. Grato.  
Sds.
Gabriel B. M. B. Gomes.


segunda-feira, 6 de junho de 2016

Arquitetura do Fogo

Aproveito o mês das festas juninas para escrever sobre o fogo e algumas de suas configurações, nada mais oportuno pois nesta celebração, assim com em outras ele é essencial. O fogo nos acompanha desde os primórdios dos tempos na nossa gênese da formação de uma cultura, representa o Grande Mistério em diversas tradições culturais, é manifestação.
Na tradição milenar dos Vedas a lareira é apontada como "Altar de todas as Casas",  para os povos nativos americanos é a representação do Grande Espírito. Essencial no cozimento das nossas refeições, no aquecimento do lar; o fogo impulsionou nosso processo evolucionário e pode ser visto de diversos aspectos e formas. Me detenho primeiramente nas fogueiras.       

Sobre a formato das fogueiras para cada Santo adotou-se um desenho, como seguem abaixo:  

(São 3 os formatos das fogueiras da Festa Junina: a primeira, quadrada,

em comemoração a Santo Antônio; a segunda, piramidal, celebra São Pedro;

a última, cônica, festeja São João - ilustração: O Globo)


 O uso da fogueira muito provavelmente se deve em função das baixas temperaturas durante os últimos meses do ano em que se comemorava o solstício de verão. Atualmente, segundo a concepção católica que se fundou sobre as bases dessa celebração, a fogueira significa o anúncio do nascimento de João Batista, primo de Jesus, à Virgem Maria. "Como era noite e Isabel morava em uma colina, esta foi a forma encontrada para o aviso. Por este motivo, nas noites de junho são montadas fogueiras como forma de celebração. (...). No sertão, o batismo de João também é lembrado com banhos à meia-noite no rio mais próximo." (3)


Em Porto Alegre tínhamos uma lareira em casa onde nos reuníamos para celebrar o frio e nos unirmos.  Desde então meu fascínio pelo fogo. 

Na época de chuva em Brasília fiz uma cobertura para fogueira de improviso (com materiais disponíveis no local) e atendeu bem a sua função.   




   
Já a questão da cocção dos alimentos é talvez o aspecto mais habitual do fogo e hoje chega ao requinte do desenvolvimento tecnológico das cozinhas modernas, mas igualmente começou nas fogueiras. Abaixo alguns tipos:   
Sobre festivais e celebrações o que mais impressiona em termos de construções efêmeras criadas especialmente para serem queimadas é o Burning Man -   http://burningman.org/ - onde são criadas muitas estruturas. 




No Xamanismo o Fogo Sagrado é figura central e o desenho vai desde a seta apontando para a direção do trabalho, o número de paus, até o semi-círculo e todas as medidas. É determinado uma pessoa específica para a manipulação do fogo. As pedras numa cerimônia de Temazcal são aquecidas no fogo e também seguem um desenho determinado. 


É um estudo muito bonito desde as lareiras, fogões, fogos de chão, altares o elemento Fogo se faz presente na combustão ou queima que é uma reação química exotérmica entre uma substância (o combustível) e um gás (o comburente), geralmente o oxigênio, para liberar calor e luz. É transformador por essência. Tão bem representado na chama de uma vela. 
Traçando um paralelismo, transformador assim como a arquitetura, que produz espaços.  
Sds. 
Gabriel B. M. B. Gomes.